Os cinco pecados do recrutamento e seleção


01 - Atribuir demasiada importância à experiência

Quando se trata de contratação, ainda estamos muito presos ao passado. Experiência é o que habitualmente buscamos nos candidatos. A experiência é freqüentemente vista como o “tie breaker” quando da decisão final da contratação.

Mas o preço pago por seguir esse caminho pode ser alto. Quantas vezes 12 anos de experiência são simplesmente um ano de experiência repetido uma dúzia de vezes?

No final, uma contratação eficaz tem menos a ver com a experiência do que com o potencial.


02 - Colocar muita ênfase na entrevista

Com que freqüência, após contratar uma pessoa que não correspondeu às expectativas, você se perguntou: “Mas ele parecia tão bom na entrevista!”

Muito embora entrevistas ofereçam informações valiosas, você pode acabar com mais perguntas do que respostas.

Para que uma entrevista seja eficiente, você precisa ter bastante clareza quanto às características e habilidades-chave que você está procurando no candidato.

Somente então você estará pronto para desenvolver uma lista de questões que irão ajudá-lo a determinar o quanto cada candidato possui das qualidades que você está procurando.


03 - Contratar baseado na sua própria imagem

É muito natural que você queira trabalhar com pessoas que você goste. A natureza humana é assim, as pessoas tendem a gostar de pessoas que são mais parecidas com elas próprias. Isto estabelece uma ação reflexiva de contratar pessoas que nos fazem lembrar de nós mesmos, ou pelo menos alguém com quem tenhamos muito em comum. Ou ainda, pessoas que sejam da forma como gostaríamos de ser.

Mas se você contratar toda uma equipe de pessoas parecidas com você, você estará destinado a criar uma organização desequilibrada. Uma equipe com uma predominância de seus pontos fortes e virtudes vai, também, estar bloqueada por suas limitações.


04 - Ficar bastante impressionado com a educação formal

Enquanto que a educação formal é evidentemente importante e digna de ser buscada, ter um diploma não lhe diz necessariamente se um candidato é esperto, empático e suficientemente flexível para aprender e crescer junto com sua empresa.

A habilidade para aprender e crescer exige mais do que um intelecto aguçado.

O principal não é necessariamente o quanto uma pessoa rende numa sala de aula. É muito mais o quanto uma pessoa é aberta e flexível, se consegue mudar de direção diante de diferentes condições e exigências e se consegue ler nas entrelinhas e ajustar-se de acordo com a situação e se está motivado para aprender e crescer.


05 - Depender do treinamento para preencher as lacunas existentes

O treinamento apropriado pode certamente aumentar a produtividade de alguém que tenha um potencial inerente; entretanto, um indivíduo totalmente destituído de potencial para uma posição específica, raramente melhorará com o treinamento, não importando o quão completo ele seja.

Idalberto Chiavenato



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