01 - Atribuir demasiada importância à experiência
Quando se trata de contratação, ainda estamos muito
presos ao passado. Experiência é o que habitualmente buscamos nos candidatos. A
experiência é freqüentemente vista como o “tie breaker” quando da decisão final
da contratação.
Mas o preço pago por seguir esse caminho pode ser
alto. Quantas vezes 12 anos de experiência são simplesmente um ano de
experiência repetido uma dúzia de vezes?
No final, uma contratação eficaz tem menos a ver com
a experiência do que com o potencial.
02 - Colocar muita ênfase na entrevista
Com que freqüência, após contratar uma pessoa que
não correspondeu às expectativas, você se perguntou: “Mas ele parecia tão bom
na entrevista!”
Muito embora entrevistas ofereçam informações
valiosas, você pode acabar com mais perguntas do que respostas.
Para que uma entrevista seja eficiente, você precisa
ter bastante clareza quanto às características e habilidades-chave que você
está procurando no candidato.
Somente então você estará pronto para desenvolver
uma lista de questões que irão ajudá-lo a determinar o quanto cada candidato
possui das qualidades que você está procurando.
É muito natural que você queira trabalhar com
pessoas que você goste. A natureza humana é assim, as pessoas tendem a gostar
de pessoas que são mais parecidas com elas próprias. Isto estabelece uma ação
reflexiva de contratar pessoas que nos fazem lembrar de nós mesmos, ou pelo
menos alguém com quem tenhamos muito em comum. Ou ainda, pessoas que sejam da
forma como gostaríamos de ser.
Mas se você contratar toda uma equipe de pessoas
parecidas com você, você estará destinado a criar uma organização
desequilibrada. Uma equipe com uma predominância de seus pontos fortes e
virtudes vai, também, estar bloqueada por suas limitações.
04 - Ficar bastante impressionado com a educação
formal
Enquanto que a educação formal é evidentemente
importante e digna de ser buscada, ter um diploma não lhe diz necessariamente
se um candidato é esperto, empático e suficientemente flexível para aprender e
crescer junto com sua empresa.
A habilidade para aprender e crescer exige mais do
que um intelecto aguçado.
O principal não é necessariamente o quanto uma
pessoa rende numa sala de aula. É muito mais o quanto uma pessoa é aberta e
flexível, se consegue mudar de direção diante de diferentes condições e
exigências e se consegue ler nas entrelinhas e ajustar-se de acordo com a
situação e se está motivado para aprender e crescer.
05 - Depender do treinamento para preencher as
lacunas existentes
O treinamento apropriado pode certamente aumentar a
produtividade de alguém que tenha um potencial inerente; entretanto, um
indivíduo totalmente destituído de potencial para uma posição específica,
raramente melhorará com o treinamento, não importando o quão completo ele seja.
Idalberto Chiavenato
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